quarta-feira, 13 de julho de 2011

Visita à cidade

Hoje fiz uma rápida visita às minhas filhas na cidade. Gosto de ir à cidade, por vezes, para mim ela é sinônimo de cultura, arte, lazer. Posso ir a uma livraria ou a um sebo, que para mim são universos de mil e uma possiblidades, visitar e ver antiquários, lojas, exposições, ir à um cinema. Minhas meninas adoram me fazer companhia em tais lugares e até um dos meus genros. Andando por certas ruas dá gosto de ver seus casarios enormes, seus jardins impecáveis, mas observando um pouco se percebe que não foram feitos pelas mãos de seus donos, surgiram repentinamente prontos e são impecáveis porque eles não interagem de verdade com quem ali mora e ele não é seu criador. É apenas um jardim perfeito para se admirar de fora. Muitas coisas na cidade parecem perfeitas, impecáveis, a cidade em si, é sedutora e voraz com suas luzes seu burburinho, seu corre, corre e ela consegue devorar e engolir os que nela vivem, tornando-os frios, impessoais e fúteis.
É preciso muito cuidado, é preciso se ater muito a essência do que se traz consigo, se ater as origens, para apenas se viver nela e usufruir o que de bom ela oferece, sem deixar se corromper, porque aqueles que deixarem se levar por ela em breve serão apenas cascas ocas, fáceis de serem levados pelo vento, o que é uma pena, pois, o cerne é de grande valor.
Mas que bom que vou lá apenas algumas vezes e logo volto ao meu sítio, chegando, já sinto cheiro da terra, do capim e minha cachorra Duas-meias já me aguarda na entrada com as orelhas em riste e ao me ver chegar abana sua linda cauda em festa.

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